segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Series | Looking: 1x01 - Looking For Now

Quando Looking foi anunciada a primeira coisa que me veio em mente foi termos em mãos uma segunda versão de Queer As Folk, onde um festival de erotismo e uma visão completamente estereotipada do mundo Gay era apresentada e que ofuscava qualquer mérito da série (que mesmo eu não gostando dela como um todo, reconheço bem que ela os tem).

E com um sorriso no rosto eu sai dos deliciosos 30 minutos de Looking, que fez valer a marca HBO que ela leva e foi o principal fator de minha esperança na série não morrer.

Ainda que todo o sexo e foco nele esteja lá, Looking mostra como a vida de um gay hoje em dia é. Com detalhes que sem dúvidas qualquer um que tenha visto o episódio se viu pensando ‘ei, eu já tive uma situação idêntica a essa’ numa ou outra cena. Seja a insegurança atemporal e independente da sua orientação que qualquer um passa quando está numa serie de fracassos de encontros amorosos, a atual superficialidade de stalkear alguém e criar todo um julgamento pra ver se vale a pena um investimento na pessoa (esse ponto também ultrapassando voce ser gay ou hétero) ou a vida comumente mais rodeada de desejo e sexo que é o mundo gay. E fica nesse última parte o grande trunfo de Looking.

Dois homens acabam por levar uma constante sexual mais evidente do que um casal hetero? Sim. Mas nem por isso nossas vidas são baseadas nisso. Existe o sexo, mas está longe de ser o mais importante de tudo. Há as inseguranças, os medos de rejeição, o dia-a-dia do trabalho, as possíveis fusões de trabalho e sexo. E o retrato leve e orgânico que a série conseguiu adotar sobre o que poderia ser a sua maior brecha impediu do programa virar só mais um pornô gay que não mostra as genitálias dos envolvidos, bem estilo multishow.

No primeiro encontro com Looking ela se mostrou humana. Com desejos sexuais como uma piranha e incertezas sinceras como um gay ainda se encontrando no mundo.

Não vejo a hora de um second date. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

True Blood voltando a hurts so good e Under the Dome ficando under minhas expecativas

Ando com uma paciencia tao escassa pra tudo que, sobrou ate mesmo pras minhas amadas series de TV. Mas eu ainda to lá. Firme e forte. Mas o saco não me deixou escrever nem mesmo do lindo, perfeito, incrivel, episódio divisor de águas de Game of Thrones, e acreditem, eu queria muito.

O que me preocupa é que to assim na Fall Season, quando estou vendo só 2 míseras series (e uma maratona arrastadérrima.


True Blood. Quem diria que eu ia poder morder bem gostoso minha lingua e ter o vampiresco prazer nisso? Ta muito boazinha. De verdade. Voce tira isso por coisas como a Sookie realmente deixando o Eric e Bill de lado e indo ter sua propria historia com o Warllow. E essa independencia da personagem ta sendo tao legal que conseguiu não deixar tosco uma coisa tao tosca como um nucleo de fadas.

A historia de Lilith ta bacana, mas mais pelos personagens em si (meus amores eternos e todos possiveis pra Pam, Tara e Jessica) do que pela trama. Só deixou a desejar a chatérrima trama dos lobisomens, o que so piora quando vemos que o ótimo Laffa ta preso e deixado de lado numa trama que não faz justiça nenhuma a ele. 


Under the dome. Eu quero acreditar que a serie esta meio chata porque eu estou chato e eu so to curtindo True Blood e não ela porque True Blood é toscão, mas não sei. Depois do impacto inicial as coisas andam meia arrastadas e não tao interessantes. Não vou me aprofundar muito nas tramas em si porque criticamente falando elas estao boas sim, ao menos para o que elas propõem. Mas o que mais me incomoda nesses 3 poucos episódios é o quão irritantemente didática ela é. Tem que explicar que a bala ricocheteou porque atingiu o domo, tem que explicar porque ta tendo uma fumaça muito enorme é porque esta tendo um incendio e por ai vai. É subestimar muito na cara de pau o entendimento de quem assiste. E  - pelo menos por enquanto – a serie esta bem simples e direta. Não precisa. 


Suits. A tal maratona arrastada que ando fazendo é a da incrível Suits. Não me entendam mal, estou arrastado com ela por pura coisa minha, porque a serie é incrível. Falo dela num outro post por motivos de sim. Tanto porque eu to um chato sem paciência quanto porque me induz a ter mais uma atualização nesse blog tao posto de lado mas feito com muito esmero. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

The Walking Blog

Usando uma piada mais barata do que não sei o que, revivo o blog so pra comentar por alto como andam as minhas series. Vou falar das ruins (sem contar de Walking Dead que eu to tao puto que ainda nem to afim de comentar. Não pela morte, mas por 15 mil episódios desnecessários). Vamos lá. 
Arrow: confesso que ate agora eu nao sei porque ainda to assistindo. Mas tô. Eu sei porque ainda nao larguei (o Oliver sem camisa), mas de resto eu ainda pontuo o problema de comodidade. Não rola uma trama maior, um perigo maior - e a parada dos nomezinhos da lista não conta - e so fica no 'aparece um problema/vilão, Oliver no final resolve' e isso vale pro flashback na ilha tambem. O que ta salvando é poder ver o Crixus de Spartacus com cabelo curto todo sujinho na ilha e só. 
Revenge: a temporada andava tao ruim, mas tao ruim que teve um dia que cheguei a 3 episodios atrasados. Cade a Emily realmente se vingando, sendo bitch tipo pondo fogo na casa de alguem na 1ª temporada? Amanda morreu, e achei um tiro no pé da série. A personagem sempre foi terrivel e quando ela finalmente se endireitou e por toda a primeira parte dessa temporada era a unica que tava Revengy e nao fazendo a morta parada igual o restante do elenco, matam ela. Foi pra abrir espaço pra Emily ter algo com o Jack? sim. mas sinceramente, quem ta torcendo pra alguma romance nessa serie? A gente que escrotidããão. Pelo menos o roteiro veio com a deliciosissima historia do ~~ Falcon ~~~. Tosco, brega e super levado a serio. É pra isso que eu assisto Revenge e to amando um vilão misterioso sendo o que ta trazendo toda o forte da serie de volta. Melhor so fica se o Falcon for sei la... o pai da Emily. Ai eu aplaudo essa serie e ela volta a ser excelente.
The Vampire Diaries: fechando a Santíssima Trindade das chatices do 2º segmento da temporada, Vampire Diaries é outra que ta dando sinais de que talvez melhore. Tá a milhas de anos luz atras de ser aquilo que a gente viu por 3 anos, que tirava nossos folegos a cada episodio... Mas é o que tem pra hoje. E se o roteiro meia boca nao vai ser melhorado e a historia chatíssima do Silas e a Cura vai se arrastar ate o final do ano, que tirem o mimimi da Elena nao querendo ser vampira. E foi o que fizeram. Ainda tem o Damon e o ZZzzztefan querendo mudar isso, mas se a Elena vai quebrar pescoços de inocentes enquanto eles tentam ~~~ligar a humanidade~~~ dela (joga as baterias logo fora, Elena!!!) e achar a cura, por mim ta de boa. Vamos aproveitar a Gilbert finalmente legal, porque com certeza isso nao. vai. du. rar. 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Series | Fringe: Finale



E são em duas horas que 5 anos incríveis são terminados de forma espetacular.

Filmes | As Aventuras de Pi


Contando a historia de um menino indiano que sobrevive a um naufrágio e se vê preso no meio do mar num bote com um orangotango, uma hiena, uma zebra e um tigre, As Aventuras de Pi traz um bom e bonito filme – mesmo me fazendo acreditar veemente que não seria possível.
Os primeiros 40 minutos mornos, porem necessários para a preparação de terreno da historia principal, são de fato bem desanimadores. Confesso que fui pro cinema sabendo muito pouco (nada além do básico, aliás) e me vi desestimulado com todo o contexto religioso do filme e a versatilidade teológica de Pi. Muito provavelmente esse inicio se faz superável por conta da fotografia incrível que junto com o 3d faz cenas onde a água e o céu se misturam num só plano e trazem uma imersão sensorial incrível.

O grande ato – que é Pi tentando conviver no pouco espaço com outros animais – então entra e a aproximação gradativa de humano e animal fica bonita de ser ver (e mais uma vez a fotografia humilha ao ajudar a ficar tudo ainda mais agradável). Pessoalmente, a abordagem religiosa não me incomoda e ate acho bacana, mas como não é meu forte, toda a aventura de Pi e o tigre Richard Parker e a dinâmica da relação dos dois acaba sendo a melhor parte do filme, mais do que o tortuoso e misterioso jeito de Deus/Alah/Ser Superior tem de agir na vida de Pi no seu calvário em alto mar. Fiquei muito mais entretido com o protagonista tendo que arrumar um jeito de conseguir viver com um tigre num espaço tao limitado do que qualquer prece aos céus ou lição religiosa que o filme passa. É uma questão de gosto, mas que atende muito bem qualquer um dos dois que você prefira. O enredo soa como algo que nao vai funcionar por ter somente um cenário e 2 horas meia disso. O detalhe é que o tal unico cenário é o mar, um lugar tao vasto e com tanta variedade de animais e fenômenos que se quisesse poderia ter passado das 2 horas e meia. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Series | Arrow: 1x01 - 1x09


Terminando sua primeira parte da temporada, – mesmo ela não sendo na exata metade dela -  Arrow trouxe um amontoado de episódios onde apresentou o básico para ser assistível, mas fechando-o com um potencial rumo que pode tirar a serie de sua abordagem pouco excitante.

Assim como fez Fringe, delimitando sua temporada final em torno das fitas VHS que contem todo o plano para salvar o Universo, Arrow veio com um tipo de trama (a da listinha de corruptos) que me incomoda por apresentar muita amarra e pouca possibilidade iminente de reviravoltas. Elas acontecem, mas diferente de Fringe (obviamente anos luz a frente quanto a qualidade), onde as fitas são um simples mapa para todos os 4 anos absurdamente detalhados e já conhecidos por quem assiste a serie. Arrow começa com essa premissa, indo atras de um criminoso em específico por episódio, e por uns bons episódios fica nisso. Soa preguiçoso e sem graça.

Só quando finalmente a organização secreta e conspiratória da serie decide fazer algo contra o arqueiro que as coisas finalmente parecem interessantes. E isso demorou 9 episódios. Além dos misterioso futuro extermínio de milhares de pessoas em Starling City (quem não ama uma catástrofe em larga escala?), pontuo positivamente também a relação de Oliver com sua família, tirando a irmã que junto ao fato de ser uma personagem fraca, é interpretada por uma atriz terrivelmente ruim. A contradição entre Oliver estar indo contra a exata organização que sua propria mãe faz parte é bem bacana. Acredito que no fim haverá uma redenção da Sra. Oliver e ela será uma chave essencial para o sucesso do Arqueiro. 

A saída da mesmice começou provavelmente quando Oliver se aproximou da filha de um Mafioso, o que tirou um pouco o foco da lista. Mas só agora, com o arqueiro negro, um vilão a altura do verde, as coisas vão desestabilizar. E é pra isso que vemos qualquer serie ou filme ou lemos um livro: o caminho entre o conformismo e estabilidade, a quebra dessa paz e toda a instabilidade, ate a conclusão do que vem na tentativa de contornar esse problema. Arrow ficou muito tempo estagnada na facilidade que Oliver resolvia as coisas. Finalmente, com esse vilão, tudo muda.

No mais, ainda torço por um foco maior para a ilha onde Oliver passou seus 5 anos isolado. Mesmo que na maioria das vezes ela sirva como um apoio para um aprofundamento pro que a serie apresenta em episódio tal, as vezes realmente bacanas são quando descobrimos mais sobre o lugar e as pessoas de lá. A serie claramente vem fazendo um paralelo entre os dois pontos de uma forma bem devagar – um pouco demais, ate – e assim deve fazer por um bom tempo. Que as duas linhas temporais uma hora vão se encontrar, isso é obvio, e talvez seja ali que as coisas realmente vao engatar. 

Foi um início aceitável para a serie, onde o maior problema esteve na falta do ritmo certo e o conformismo. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Series | American Horror Story: 2x09 - The Coat Hanger


Se Murder House so chegou ao quase nível de impecabilidade porque soube usar na medida certa toda as possibilidades do que a casa e a historia de seus antigos moradores podia trazer, temos em The Coat Hanger o apogeu do arco Asylum, exatamente por saber trazer a impotência, claustrofobia e confusão num  hospício cheio de figuras caóticas.

A maior prova do quão certeiro foi esse episódio é a de Dr. Arden funcionar de vez na serie, não sendo mais um simples empecilho para Sister Jude ou um capacho de Sister Mary. Não só ganhamos mais contexto para a historia dos alienígenas como vimos Arden abraçando de vez a causa, juntando-se a Kit e finalmente se mostrando um personagem interessante. Potencial eu sempre senti que ele tinha. Faltava a oportunidade.

Como nada é perfeito – mas quase, como é o caso desse episódio – tivemos pouco foco em Barbie Demoníaca, que serviu como periférico   na história de Lana. Sua trama vingativa contra Thredson é coerente. E obviamente não cai na mesmice pela ótima tensão entre os dois. E entra aí o ponto que sempre foi muito bem trabalhado na temporada mas que so agora conseguiu chegar na sua maestria: a impotência dos que tentam sair de Briarcliff. Lana e Kit têm as provas, mas zero de chance de conseguir alguma ajuda pra leva-las ao publico. Isso incomoda, isso dá agonia, irrita. E é exatamente isso que a serie sempre fez muito bem nesses 2 anos de existência.


Temos também o assassino de papai noel ainda so servindo de apelo visual, estripando as pessoas e agora trazendo uma das cenas mais icônicas de toda a temporada: o monsenhor crucificado e então recebendo a visita da linda Morte. Não tem muito o que falar dessa cena e nem saber o motivo dela, sendo que o monsenhor de Briarcliff é um personagem tão solto e submisso a todos os outros. Mas valeu pelo apelo visual. A cena ficou linda. 


Doi ver que so temos mais um mês de American Horror Story, mas conforta o fato de que mesmo que desande as coisas a partir daqui – improvável, vamos combinar – tem muita coisa que vai ter valido a pena.

Obs: por favor, menos procedimentos médicos com Cliff sem roupa mas coberto por um pano. Não tem graça. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Series | Grey's Anatomy: 9x08 - Love Turns You Upside Down & The Vampire Diaries: 4x08 - We'll Always Have Bourbon Street


 A maior sensação que Love Turns You Upside Down conseguiu me trazer foi a passagem de tempo. Adotar o ponto de vista mais focado na nova geração de internos e assim mitificar os residentes que conhecemos há 9 anos era uma sacada obvia que seria pega em algum momento dessa nova dinâmica da serie. Com isso, vimos mais claro do que nunca o quanto os personagens originais cresceram e amadureceram, além da chance de podermos conhecer mais a fundo os novos internos. Mas nada disso funcionaria se a serie não tivesse finalmente achado seu conhecido ponto de equilíbrio, ponto que sei termos chegado porque deixou-se de lado o problema do acidente aéreo.

Tinha ido com a cara de muito poucos dos internos, e fiz cara feia quando percebi que um tipo de episódio que desse foco a eles estava me agradando e fazendo aprova-los. Não acho que muitos irão realmente receber um foco realmente especial na serie, mesmo depois desse episódio, mas em suma ele serviu para daqui pra frente eu ao menos gostar de quando eles aparecem, e não senti-los como um objeto forçado nas cenas como muitas vezes me ocorreu.

Os casos da semana foram outro grande forte de um episódio absurdamente bom. Sinto faltas desses casos de Grey’s, cheios de dilemas e bizarrices. Vimos mais o problema dos dois bebês com problemas no coração, mas também achei incrível o quão legal foi a mulher que “morria” se não estivesse virada de cabeça pra baixo.

Tirando os holofotes dos nossos residentes e vendo tudo de fora, seus arcos pareceram divertidos, bonitos e no máximo um tipo de comedia trágica, como a briga pela doação de nervos para as mãos de Derek. Ate Arizona apareceu com a naturalidade nada forçada que foi mostrado no ultimo episódio, com o batido lugar comum “perdi a perna, superei e nas primeiras fases dessa aceitação eu mesmo vou rir de mim”. Gostei. Muito. 

E quem diria que algo tão interessante como Elena estar ligada a Damon seria resolvido rápidamente porem de forma muito coerente.

Não dando tempo nem de respirar direito, Vampire Diaries já joga a trama para resolver esse “pequeno” problema e de lá acabamos por achar um ponto em comum entre as tramas, amarrando os híbridos, os planos de Shane, a Cura pra o vampirismo e a quebra da ligação entre Elena e Damon. E ainda perguntam porque reclamo que essa serie é tão subestimada.

Primeiro temos enfim revelada a busca de Shane pelos 12 Híbridos sem ligação a Klaus e Bonie. Algum tipo de magia negra mais poderosa esta sendo buscada e ainda não sabemos exatamente pra que. Ao menos Tyler esta a salvo, agora. E garanto que somente por agora, mesmo. Gostei muito de finalmente ter sido revelado a magnitude do que Shane quer e põe fim ao meu descontentamento no episódio anterior, onde reclamei que a serie não havia mostrando ainda ao que veio esse novo vilão.

Do arco dos Híbridos não há muito o que tirar além da importância deles para os planos de Shane, e quando vi essa ultima quebra de laços do 12° híbrido me bateu saudade dos episódios onde víamos Tyler somente de cueca. Bons tempos.

Por fim temos o excelente caso do trio principal. Obviamente dispenso o mimimi de Stefan e me acabo no relacionamento realmente interessante de Damon e Elena. O fato de que os sentimentos de Elena não terem nada a ver com a submissão dela pelo Damon não foi nenhuma surpresa. O maior mérito aqui foi a forma que Damon teve que lidar com isso e vê-lo perdendo algo que ele demorou tanto pra ter e quando o fez, possui por tao pouco tempo foi realmente frustrante.

Acho sim que infelizmente a serie vai focar em Stefan e Elena novamente, após a quebra da ligação, mas também não tenho duvidas que ainda retomaremos a historia com Damon. 

Minha consideração final é que precisamos de mais Caroline. Sempre precisamos de Caroline. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Series | Fringe: 4x08 - The Human Kind


Falta. Palavra melhor para definir o que Fringe fará após seu termino. não há.

Num episódio que serviu tanto para me relembrar do porque gosto tanto da serie quanto para me aliviar sobre os possíveis futuros que imaginava pra ela (e não os apoiava), tudo continua nos eixos faltando 5 ultimos episódios para uma excelente temporada final.  

Começo pontuando o arco de Olivia nesse episódio e seu solitário caminho para pegar o imã. Não a culpo por toda a suspeita de estar sendo traída pelas pessoas do ferro velho, mas a beleza de ver o quão Olivia consegue projetar a imagem de ser durona e de poucos sentimentos em contraste com o seu real interior, é algo raro de se ver bem feito por ai. A mulher esta aos cacos emocionalmente. Viu tudo  virar de cabeça pra baixo depois de perder a filha e seu mundo... e perder a filha mais uma vez. Nisso Olivia se foca no plano original de vitória e mascara seu desespero e esperança no perfil de durona. Ela sabe que precisa continuar forte pelo bem maior. Em parte, muito diferente de Peter.
Dede que implantou no cérebro o Objeto dos Observadores vi então aumentar o meu medo de uma vaga e despretensiosa teoria que ouvi ao final da 3ª temporada, a de que após o seu sumiço no final daquele ano, Peter voltaria como um Observador. Ao ver isso potencialmente se tornando um fato, realmente temi por um final que eu apoiaria muito pouco. Não seria um final ruim, mas muito injusto. Ao implantar o objeto em seu cérebro, Peter sem querer podia ter iniciado ali um loop temporal eterno de sucessões de fatos, sendo ele o primeiro Observador e responsável pelo inicio e fim do mundo. Ali veríamos a construção do primeiro Observador e ele entao voltaria aos primórdios dos tempos (como a série ja explicou) e reiniciaria toda a historia que acompanhamos. 

Mas Fringe consegue numa tacada só tanto me aliviar e dar um fim a esse medo, findando-o com uma cena que quase subiu a altura da melhor de toda a serie: a de Walter em 2x18 recebendo o desenho da Tulipa branca (acho que se voce nao lembra desse episódio é muito provavel que voce nao tenha um coração). O simbolismo da substituição do objeto dos Observadores pelo projétil de Eta nas mãos de Peter foi de um significado tao perfeitamente simples mas significativo, que faria o episódio ser incrível mesmo que todo o resto dele tivesse sido uma porcaria. 

Fringe basicamente vem fazendo uma temporada final respeitavel e nada menos do que poderíamos esperar. O aviso prévio de que a serie terminaria esse ano sem dúvidas foi um dos principais fatores para uma trama final ate agora bem amarrada e apresentada. Que venha agora o ultimo mês de uma serie que sem duvidas nenhuma fará falta.

Obs: Nada me tira da cabeça que a moça do ferro velho é filha de uma outra paciente do Walter e companheira de Cortexiphan de Olívia. De alguma forma o poder virou hereditário e passou para a filha, de quem quer que a mulher fosse. Isso explicaria o Walter conseguir convencer alguem a guardar por tantos anos o imã, e nao o deixando aos cuidados de qualquer estranho.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Series | The Vampire Diaries: 4x07 - My Brother’s Keeper


A cada episódio novo de The Vampire Diaries eu tento repetir pra mim mesmo e fixar na minha cabeça que não posso ficar pondo tantas esperanças pra uma serie só, pois um dia ela vai decepcionar. O problema é que 4 anos depois, Elena, Damon, Caroline e todos os outros ficam me mostrando cada vez mais o contrário e semanalmente apresentam uma serie com um ritmo assustadoramente incansável.

A cura para o vampirismo já virou o arco principal da temporada, e mesmo que pela primeira vez uma trama da série tenha me soado forçada, – achei muito conveniente a noticia de uma cura para os vampiros semanas depois que Elena foi transformada. Ainda defendo a ideia de ter usado essa trama numa outra temporada. – o desenrolar dos fatos e o caminho ate o encontro dela vem se mostrando imprevisível e cheio de reviravoltas.

Que o ritmo rápido e constante sempre esteve presente sem parar na serie é inegável. Aliás, a maior propaganda que faço de Vampire Diaries é que ela é a serie mais incessante e com mais historias inesperadas e bem boladas que já vi, mas é tanto personagem bacana se mostrando ruim que eu simplesmente paro de achar que virá mais coisas do tipo que quando acontece, me surpreende. A da vez foi a lobisomem amiga de Tyler trabalhando junto com Shane. O novo professor vem se mostrando muito parado e sem dizer exatamente para o que veio. Além de não impor medo nenhum. Porem seu envolvimento com os Híbridos livres de Klaus trará problemas pra todo mundo.


Admito que ainda tenho uma pequena implicância e não duvidaria que no fim descobrirmos que não existe cura nenhuma, mas creio que pros parâmetros Vampire Diarianos, é bem improvável.

A história de Jeremy, assim como qualquer uma dele, é de pouca graça e não há duvidas que a sua real importância ali é ser o mapa em direção a cura. E só. Ok que Steven R. McQueen é um garoto absurdamente lindo e não reclamo de ver o seu rostinho por ai, mas nada além disso.

O "problema" é que no fim, a serie vem com uma das coisas que mais gosto nela e tira o foco temporariamente de seu arco principal para uma noticia muito, mas muito mais bombástica do que qualquer cura pra vampiros que possa existir: o fato de que Elena esta ligada a Damon. E sei la.... eu ainda estou sem reação com esse fato.

É obvio que prefiro os dois juntos e por mim deixassem essa ligação pra todo o sempre e eu ficaria mais que satisfeito. O detalhe disso fica que agora o foco vai virar muito para a tentativa de quebra desse vinculo e a possibilidade da Elena continuar vampira. Gosto dessa possibilidade, mas será uma questão de ganhar aqui e perder la. Obviamente o vínculo será quebrado e Elena poderá continuar sendo vampira (ou não, caso ela decida pela cura), mas ai vai acabar com o romance que demorou tanto a acontecer e que tanto torço.

Já não é novidade, mas sempre bom deixar claro que Vampire Diaries vem trazendo uma temporada incrível e que reforça ser um programa que tinha tudo pra ser de um tipo teen raso e sem graça, mas acaba por superar isso e apresenta uma das melhores series no ar atualmente.